assim começou

assim começou
é assim que as coisas começam, tudo muito vibrante, mas o final é o mesmo...

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sexo por Telefone

A mulher falava propositalmente devagar, para fazer render a conversa a um real o minuto:
- Oi, gato, como é que você é?
- Não interessa como é que eu sou. Estou pagando um real por minuto, quero saber como é que você é.
- Sou loira, tenho 22 anos, 1,75m, peitos grandes e empinados, marca de biquíni...
- Tá já sei. Pula pra outra parte.
- Você esta tirando a parte de cima do meu biquíni, estamos numa praia deserta.
- Detesto praia.
- O quê?
- Não suporto areia e sol. Muda a história para outro cenário.
- Ok. Você esta tirando a aparte de cima do meu biquíni, estamos numa estrebaria.
- Pará! Que é isso, ficou maluca? Numa estrebaria, cheia de cocô de cavalo? Que coisa nojenta!
A mulher fez silêncio do outro lado da linha.
- Você esta aí?
- Estou, gato.
- Era só o que me faltava: te pagar pra ficar em silêncio!
- Escolhe o cenário você. De que tipo de lugar você gosta?
- Estou te pagando pra imaginar pra mim.
- Deixa ver... Na sua casa... na cozinha?
- Pode ser.
- Ótimo. Você esta tirando a parte de cima de meu biquíni. Estamos na cozinha da sua casa. Você pega um pote de mel e vai passando nos meus peitos.
- Fiquei enjoado.
- Porquê?
- É só pensar em mel e me dá ânsia de vômito.
- Então passa outra coisa. Manteiga. Você passa manteiga nos meus peitos.
- Deixa essa história de comida pra lá.
- Ok. Eu começo a lamber sua orelha.
- Ta com esparadrapo.
- Como é que é?
- Eu machuquei a orelha ontem, botei um esparadrapo.
A mulher suspira.
- Estou esperando. Se você ficar aí calada eu vou querer meu dinheiro de volta.
- Você não quer tentar outra operadora?
- Como assim?
- Acho que a coisa entre nós não esta dando muito certo. Não é melhor tentar conversar com outra mulher?
- Já perdi meu tempo com você, agora vamos até o fim.
Ele achou ter ouvido um choro do outro lado da linha.
- Vamos lá, estou esperando!
A mulher não conseguiu se controlar:
- Pra mim chega! Não agüento mais! Você é nojento! Eu te odeio, seu desgraçado, porco, mal educado, broxa. Seu corno!
- Agora assim, estou gostando. Continua...

João Emanuel Carneiro

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